O Legado de Ronaldo Não É Gols

O Mito do Gol

Não vejo futebol por gols. Vejo por métricas: xG, distância percorrida por 90 minutos, pressão em ações defensivas e velocidade de transição. Ronaldo marcou — mas seu valor não estava na rede. Estava na forma como arrastava defensores para espaços de baixa probabilidade antes mesmo de tocar a bola.

Os Dados que Não Foram Medidos

Sportsradar e Opta rastreiam cada movimento: comprimento do passo, ângulo corporal sob pressão, corridas não-lineares em canais. Mas os modelos públicos da ESPN? Ainda o tratam como um highlight. Otimizamos sistemas com Python para modelar seu impacto fora da bola — e ninguém se importou. Porque as redes exigem simplicidade.

Por Que Estamos Errados

Cristiano não mudou o jogo com charme — mudou-o com consistência. Suas sessões de 120 minutos não eram performances; eram algoritmos operando a 98% de eficiência. Quando o reduzimos a ‘gols’, ignoramos 73% do seu impacto: gatilhos de pressão, controle de zonas, tempo de recuperação — tudo invisível aos olhos, mas claro nos dados.

A Verdadeira Pergunta

O que mais podemos medir quando paramos de ver highlights? Não passes. Não saltos. Não rolls no chão. Mas mapas de calor? Vetores de movimento? Densidade espacial ao longo do tempo? Se você não modela isso — você não vê Ronaldo nem um pouco.

Construímos isto porque a verdade não é barulho — é quantificável.