Semana 12: Análise de Dados

Os Números Não Mentem: A Semana 12 Foi Caos em Código

Levo anos acompanhando a Série B — sete temporadas no fundo dos dados — e aprendi uma coisa: o futebol não se importa com seus modelos. Mas às vezes… quase se importa. Esta semana foi uma tempestade perfeita de imprevisibilidade envolta em ruído estatístico.

Dos 30 jogos disputados (sim, contei), apenas 8 terminaram com defesas limpas — pouco mais de 26%. Um número absurdo para uma segunda divisão esperada de maior previsibilidade do que uma série de playoffs da NBA. Vimos tudo: gols nos minutos finais, pênaltis que nem eram pênaltis e um jogo onde ambas as equipes tiveram cinco chutes ao gol mas ainda assim erraram completamente.

Deixe-me dizer claramente: futebol não é matemática. Mas é dados.

Performances-Chave: Quem Jogou Suas Cartas Certas?

O destaque? Goiás diante do Remo. Não só venceram — arrasaram por 4 a 0. Seu xG (gols esperados) foi de 3,8; os gols reais foram exatamente quatro. Isso não é sorte — é execução sob pressão.

Depois vem o Vila Nova, que manteve invicto com uma vitória sofrida por 1 a 0 sobre o Goiânia. Sua estrutura defensiva? Exemplo didático de eficiência em bloqueio baixo. Apenas duas finalizações no alvo permitidas em dois jogos esta semana — mas voltaremos a isso.

Mas não esqueça o Waltretonda — sua virada por 3 a 2 contra o Paraná foi pura adrenalina crônica. E sim, meu modelo subestimou sua taxa de rebote ofensivo em 37%. Isso acontece quando você não conta com agressividade induzida pela fadiga.

O Colapso Inesperado: Quando a Forma Falha o Teste

Agora vamos falar de falhas — não emocionais, mas divergência estatística.

Avaí tem sido um dos times mais consistentes da temporada até enfrentar o Criciúma num jogo sem consequências diretas que virou guerra psicológica após o intervalo. Fizeram cedo (1 a 0), depois perderam totalmente o controle da posse.

Sua precisão no passe caiu de 86% para 59% no segundo tempo — caso clássico de síndrome da fadiga mental em quedas na forma no meio da temporada. E aquela penalidade contra eles no minuto 78? Nenhuma evidência encontrada na análise do VAR… mas confie em mim, até meu algoritmo sentiu essa injustiça como se fosse uma entidade viva.

Olhando Adiante: O Que Isso Significa para os Playoffs?

Com seis rodadas restantes antes das decisões promocionais serem definidas, cada ponto importa — mas também importa o contexto.

As médias de gols por partida mostram volatilidade crescente no futebol brasileiro da segunda divisão; agora estamos vendo mais de 1,9 gols por partida – uma das maiores taxas desde ‘98. Isso significa apostar em defesas limpas é arriscado… a menos que use calor real-time e métricas de carga dos jogadores – algo que poucos estão fazendo… ainda. Meu modelo atual projeta:

• Top três: Goiás (+75%)
• Candidatos aos playoffs: Criciúma & Vila Nova (ambos ~45%)
• Risco rebaixamento: Amazon FC & Botafogo SP (defesa inconsistente) Nenhum desses era óbvio antes da Semana 12… mas agora estão sustentados por números… e algumas planilhas bem cansadas.