O Momento que Chamei a Atenção

Costumo analisar jogos com modelos de dados e métricas complexas. Mas na última partida do Manchester City contra o Casablanca Wydad, meu olhar parou — não por uma jogada perfeita, mas por algo mais simples.

Sua filha sentada ao lado dele no banco. Um sussurro. Um sorriso.

Nenhum comunicado pós-jogo. Nenhuma análise tática. Apenas um pai e uma criança, em silêncio, compartilhando um instante no meio da pressão do futebol de elite.

Foi então que entendi: essa não foi apenas uma pausa pessoal — foi liderança humana em seu estado puro.

Por Que Isso Vale Mais Que Qualquer Estatística

Como analista de dados para ligas como NBA e NFL, sempre respondia perguntas sobre ‘o que torna um técnico realmente grande’ com números: eficiência defensiva, rotações ou probabilidade de finalização.

Hoje respondo diferente: presença.

Ser totalmente presente — emocionalmente e fisicamente — quando tudo depende de você.

Temos obsessão por posse de bola ou rating ofensivo, mas qual é o valor de 92% de precisão se o técnico está ausente emocionalmente?

A troca silenciosa entre Guardiola e sua filha me lembrou: o desempenho real não nasce só da lógica fria. Surge em momentos como este — os breves silêncios entre as jogadas onde conexão vira estratégia.

Dados Não Capturam a Humanidade (Mas Devemos Tentar)

Meu trabalho envolve simular milhares de cenários com métodos Monte Carlo em Python. No entanto, nenhum desses modelos inclui variáveis como:

• Índice de disponibilidade emocional
• Proximidade pai-filho em partidas cruciais
• Calma tática influenciada pela validação pessoal

E aqui está: ele relaxou depois do abraço dela. Um minuto depois, ajustou a formação como se nada tivesse mudado… exceto tudo ter mudado.

Isso não é mera emoção — é evidência psicológica: regular emoções melhora decisões sob pressão (segundo estudos do Harvard Business Review). Por que ainda não estamos modelando isso? Pode ser hora de começar.