Semana 12 da Série B

Os Números Não Mentem: Uma Semana de Tensão Tática

Gastei sete anos construindo modelos que prevêem resultados com base em xG, intensidade de pressão e velocidade de transição — mas até meus algoritmos se confundiram com alguns desses resultados. A Série B brasileira não é só um passo para cima; é uma panela de pressão onde cada jogo parece uma partida decisiva.

Esta semana entregou exatamente isso: caos envolto em dados limpos. Dos 30 jogos disputados entre 17 de junho e 13 de agosto, apenas cinco terminaram sem sofrer gols. Isso já diz tudo sobre o apetite ofensivo da liga.

As Ondas de Choque que Abalaram a Tabela

Vamos começar com drama do tipo Wolfsburg — não aquele. No jogo Volta Redonda vs Avaí, ambos marcaram nos últimos 15 minutos após empate em 0 a 0 por quase uma hora. Um gol tardio do jovem meio-campista do Avaí? Puro storytelling da Série B.

Depois veio o momento que lembrou os torcedores do Sampaio Corrêa — quando Goiás derrotou Criciúma por 4 a 0, num jogo tão dominante que parecia um treino para candidatos à promoção.

Mas nada superou o verdadeiro choque: na noite de 9 de agosto, o placar foi:

🏆 Goiás 2 – Trabalhadores Ferroviários 1 | @20h (Brasil) O jogo não foi só disputado — foi brutal. Duas expulsões, três lesões detectadas pelo VAR… e ainda assim apenas um gol separou os times ao final do tempo normal? Não — nenhuma prorrogação! O Goiás venceu por um gol após deflexão em escanteio. A beleza está menos na vitória e mais na resiliência. Mesmo quando seu modelo diz “probabilidade de vitória = 53%” e o resultado diz “vitória real = derrota”, você aprende mais do que qualquer algoritmo poderia ensinar. Então deixe-me reformular: A verdade por trás da Série B não está nas previsões — está na imprevisibilidade mesma. E hoje? Essa verdade apareceu como estacas altas, baixa variância… mas máxima emoção humana em formato compacto de futebol brasileiro. Ou seja: se você não está acompanhando esta liga agora, está perdendo algo belo — e estatisticamente raro.